quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Com medo da guerra, Maduro pede a cristãos nos EUA que ‘toquem o sino da paz’

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu aos “irmãos cristãos” nos Estados Unidos que se unam pela paz e resistam à possibilidade de uma ação militar no país, no contexto de tensões com a administração de Donald Trump.

A fala de Maduro aconteceu durante um encontro de oração pela paz da Venezuela, realizado no Palácio de Miraflores, em Caracas. No discurso, afirmou que a Venezuela precisa do apoio de cristãos para manter a “paz, harmonia, perdão e misericórdia”, em meio às crescentes ameaças de uma intervenção militar.

Ele afirmou: “Lançamos nossa mensagem da Venezuela aos cristãos dos Estados Unidos, aos cristãos da nossa América, para que levemos o estandarte da paz”.

O evento contou com a presença de Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente e vice-presidente de Assuntos Religiosos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e representantes de várias igrejas e denominações religiosas aliadas ao governo. Durante o encontro, Maduro também se dirigiu aos Estados Unidos, pedindo que os americanos impedissem a “mão enlouquecida de quem ordena bombardear, matar e levar uma guerra à América do Sul e ao Caribe”, sem mencionar diretamente o nome de qualquer figura política.

O pronunciamento de Maduro foi feito um dia após o anúncio do Pentágono sobre a operação “Lança do Sul”, destinada a combater o narcotráfico originado na América Latina, embora os detalhes sobre as operações ainda não tenham sido divulgados. Em resposta, o presidente Donald Trump afirmou que já tomou uma decisão sobre uma possível ação militar na Venezuela, mas afirmou que “ainda não pode dizer” quais serão os próximos passos, de acordo com informações do jornal Gazeta do Povo.

A Portas Abertas, organização que monitora a liberdade religiosa, denuncia que as igrejas cristãs no país enfrentam crescente repressão. Líderes religiosos, especialmente os contrários ao regime, têm sido alvo de ameaças e intimidações. Durante o período eleitoral de 2024, foram reportados casos de acusações arbitrárias, tentativas de suborno e ameaças a pastores que não aderiram ao apoio do governo.

Em um caso recente, um pastor afirmou que foi procurado por representantes do PSUV para apoiar o governo em troca de infraestrutura para sua igreja, mas ao recusar a oferta, teve a energia elétrica cortada em sua congregação. O pastor relatou que a falta de liberdade de pensamento se tornou um problema crescente para os cidadãos venezuelanos, incluindo os líderes religiosos que optam por se manter independentes do regime.

Fonte: https://noticias.gospelmais.com. Imagem: Divulgação/Internet.

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