(Macapá-AP) - Após acordo do senador Davi Alcolumbre com o presidente Lula, o Ministério das Comunicações manda fechar rádio crítica ao governo do Amapá, a Forte FM 99,9, de Macapá.
A decisão do Ministério das Comunicações, de cassar a outorga da Rádio 99.9 Fort FM, uma das poucas emissoras independentes de Macapá, está sendo vista como um ato de perseguição política contra uma voz que incomodava o poder estadual.
A portaria foi publicada no Diário Oficial da União de hoje, 11 de novembro de 2025, e anula a autorização de funcionamento da Fundação Cultural e Assistencial Água Viva, mantenedora da rádio.
A justificativa oficial menciona “infrações à Lei 4.117/62”, mas o caso ocorre poucos meses depois de o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), aliado do governador Clécio Luís, ter indicado o novo ministro das Comunicações, em acordo direto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme revelou o jornal O Globo, em abril deste ano (fotos).
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Com o novo comando no ministério, várias portarias antigas foram revistas, incluindo a da Fort FM, que havia sido renovada por mais dez anos no início de 2025. Sem qualquer notificação ou direito de defesa, a Fundação foi surpreendida com o cancelamento da outorga e a ordem para encerrar as transmissões.
A Fort FM se destacou nos últimos anos por abrir espaço a debates comunitários, religiosos e políticos, transmitindo opiniões críticas ao Governo do Amapá, e questionando a gestão pública.
Essa postura independente, segundo comunicadores locais, desagradava ao grupo político que domina o Estado. O fechamento da 99.9 Fort FM reacende o debate sobre liberdade de expressão e uso político da comunicação pública no Amapá.
Para analistas, o caso mostra como a estrutura do Governo Federal pode ser usada para proteger aliados regionais e sufocar veículos independentes.
Em tempos de democracia, calar uma rádio é muito mais do que desligar um transmissor — é calar uma parte da sociedade que ainda acredita na liberdade de falar e de ouvir.
Fonte: www.bambamnews.com.br. Imagem: Divulgação/Internet.
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