quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Rebeldes caçam cristãos e destroem igrejas em massacre no Sudão: “Nos chamam de infiéis”

 

Cristãos foram caçados e mortos durante o massacre de civis cometido pelo grupo rebelde islâmico Forças de Apoio Rápido do Sudão (RSF), no Sudão.

De acordo com a International Christian Concern, que monitora a perseguição no mundo, os combatentes da RSF cometeram atrocidades contra a população cristã durante a tomada de el-Fasher.

No dia 27 de outubro, o grupo rebelde assumiu o poder da última cidade controlada pelo governo no estado de Darfur.

Vídeos, verificados pela imprensa, mostram combatentes da RSF realizando execuções dentro e ao redor de el-Fasher após a tomada da cidade.

"As RSF entraram, mataram civis cristãos indiscriminadamente", disse um médico sudanês, ao ICC.

Os militantes ainda incendiaram bairros cristãos, igrejas e casas. Famílias inteiras foram brutalmente assassinadas.

"Eles entraram em nossa aldeia, gritando com os cristãos, nos chamando de infiéis", disse um sobrevivente chamado Jok*. 

"Eles incendiaram a igreja e as chamas subiram mais alto, consumindo tudo. Eles arrastaram homens de suas casas, os massacrando e atirando neles. Ouvi seus gritos, mas não havia tempo para pensar. Tivemos que correr. Deixamos tudo para trás”, lembrou ele.

Outra sobrevivente, chamada Garang*, perdeu o irmão durante o ataque: "Estávamos no mercado quando o RSF invadiu. Os soldados não se importavam com quem estava lá ou com o que tínhamos. Eles simplesmente começaram a atirar. Vi meu irmão cair bem na minha frente. Eles queimaram todo o mercado até o chão. Eu fugi para minha segurança”.

Os moradores que fugiram de el-Fasher não foram poupados pelo RSF. Cristãos – incluindo mulheres, crianças e idosos – foram caçados e mortos enquanto tentavam escapar.

Analistas da Universidade de Yale, que verificaram os vídeos do massacre, afirmaram que os combatentes foram de casa em casa para matar os civis.

A crueldade do grupo islâmico foi tanta que chegou ao ponto dos rebeldes atacarem até os hospitais de El Fasher, que foram reduzidos à ruínas.

As RSF bombardearam a maternidade do hospital principal da cidade, matando 460 pessoas. 

"Os hospitais não estão mais funcionando. As paredes da clínica estão manchadas com o sangue dos inocentes. Outras clínicas foram incendiadas. As pessoas estão morrendo nas ruas e não há nada que possamos fazer”, contou um médico sudanês.

Ao jornal Deutsche Welle (DW), sobreviventes do massacre também relataram que civis foram estuprados e espancados pelos militantes.

Conforme o governo do Sudão, mais de 2.000 civis foram mortos desde que os rebeldes tomaram a cidade.

“O que se seguiu nos dias seguintes foi um pesadelo de genocídio. O ataque às comunidades cristãs em Darfur se tornou uma campanha explícita para apagar sua existência na região. Não era apenas a morte física que eles procuravam; foi a destruição de tudo o que tinham. Os sobreviventes precisam de ajuda. Eles precisam de proteção. Eles precisam de justiça”, declarou o International Christian Concern.

Fonte: https://www.guiame.com.br, com informações de International Christian Concern, DW e BBC. Imagem: Reprodução/DW/Redes Sociais

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